Tudo que Eu Assisti em Março - O Melhor e o Pior

Março foi uma desgraça pois a faculdade voltou. Cada vez menos disposto a estudar pra essa péssima escolha que fiz na vida, continuei num bom ritmo de filmes, assim como uma maratona rápida de duas temporadas de "The Office". Ao menos deu pra disfarçar o desespero da situação.

1. Madrugada Muito Louca (Danny Leiner, USA, 2004) - Comédia; ★★½
2. Reflections on Ice: A Diary of Ladies Figure Skating (USA, 1998) - Documentário; ★★★★½
3. Hello Ghost (Kim Young-Tak, Coreia do Sul, 2010) - Comédia, Drama; ★★★½
4. The Kirishima Thing (Daihachi Yoshida, Japão, 2012) - Drama; ★★★★½
5. O Touro Ferdinando (Carlos Saldanha, USA, 2017) - Animação, Comédia, Drama, Aventura; ★★★
6. As Aventuras de Paddington 2 (Paul King, UK, 2017) - Comédia; ★★★★½
7. The Breadwinner (Nora Twomey, Canadá, Irlanda, Luxemburgo, 2017) - Animação, Drama; ★★★★
8. Swastika (Philippe Mora, UK, 1974) - Documentário; S/N
9. Ícaro (Bryan Fogel, USA, 2017) - Documentário; ★★★★
10. Troféu - O Preço da Sobrevivência (Christina Clusiau, Shaul Schwarz, UK, USA, Zimbabué, Namíbia, África do Sul, 2017) - Documentário; ★★★
11. Escorregando Para a Glória (Josh Gordon, Will Speck, USA, 2007) - Comédia; ★★★
12. O Segredo das Águas (Naomi Kawase, Japão, 2014) - Drama; ★★★★½
13. Aniquilação (Alex Garland, UK, USA, 2018) - Drama, Sci-fi; ★★★½
14. Tomb Raider: A Origem (Roar Uthaug, UK, USA, 2018) - Ação, Aventura; ★★★½ - Crítica
15. Maria Madalena (Garth Davis, Austrália, UK, USA, 2018) - Drama; ★★★★
16. Magic Mike (Steven Soderbergh, USA, 2012) - Comédia, Drama; ★★★
17. Círculo de Fogo: A Revolta (Steven S. DeKnight, China, UK, USA, 2018) - Ação, Aventura, Sci-fi; ★★★
18. Kimjongilia (N.C. Heikin, Coreia do Sul, França, UK, 2009) - Documentário; ★★★★
19. Marjorie Prime (Michael Almereyda, USA, 2017) - Drama, Sci-fi; ★★★★
20. O Homem Que Inventou o Natal (Bharat Nalluri, Canadá, Irlanda, 2017) - Drama, Família; ★★★½
21. Todo o Dinheiro do Mundo (Ridley Scott, USA, 2017) - Drama; ★★★
22. Meus Filhos (Yoji Yamada, Japão, 1991) - Drama; ★★★★
23. Amor e Revolução (Florian Gallenberger, Alemanha, França, Luxemburgo, UK, 2015) - Ação, Drama; ★★★
24. Jogador Nº 1 (Steven Spielberg, USA, 2018) - Ação, Aventura, Fantasia; ★★★★ - Crítica
25. O Corcunda de Notre Dame (Gary Trousdale, Kirk Wise, USA, 1996) - Animação, Comédia, Drama; ★★★½

Revistos:

1. Neste Canto do Mundo (Sunao Katabuchi, Japão, 2016) - Animação, Drama, Guerra; ★★★★½
2. Os Incríveis (Brad Bird, USA, 2004) - Animação, Ação, Aventura; ★★★★½ - Crítica

O Pior: 

Mês sem atrocidades. Tive somente uma experiência fraca, sim, como a comédia debiloide e histriônica, Madrugada Muito Louca. De resto, no mínimo obras razoáveis.

O Melhor:

Março reforçou minha paixão ao cinema do leste-asiático, sua sensibilidade inigualável em resvalar nos mais diversos temas, em infinitos contextos, reais ou não. Dito isso, dias após a trágica morte de Isao Takahata, o melhor é uma animação que não é de sua autoria, mas lembra sua magnum opus, Túmulo dos Vagalumes. Falo de Neste Canto do Mundo, que retrata o cotidiano de pessoas comuns durante a WWII, seus impactos na vida destas e o vazio deixado pelas perdas. É tocante e carinhoso, o que aumenta ainda mais o sofrer pela realidade de algo que deixou cicatrizes deletérias na história.


Ao se aproximar de suas 3 décadas de vida, Meus Filhos, de Yamada, é o típico cinema nipônico familiar influenciado pela filmografia de Ozu, ainda atual e reverberante, apenas modernizado pelo contexto. É um longa monótono, mas mundano, palpável como a vida, com suas nuances moribundas e outras apaixonantes, sobre legado, arrependimentos e as relações entre gerações de uma mesma árvore genealógica.

Inesquecível será The Kirishima Thing, adaptação de mangá homônimo, sobre várias vidas estudantis afetadas após a saída de um único colegial, mesmo os não diretamente relacionados a ele. Bom exemplar do cinismo e robotização da sociedade japonesa atual que acompanha todos os estágios de maturação dos cidadãos, e ainda oferece uma esguelha de esperança e companheirismo através de espíritos tão distantes na fauna selvagem que é a adolescência.


No Ocidente, me surpreendeu Marjorie Prime, inspirado na peça homônima e que deixa suas raízes bem claras durante a projeção, basicamente num mesmo ambiente, como Carnage, mas com temas delicados e que nos trazem a reflexão sobre perda, memória e amor. Melancólico, porém intelectualmente estimulante.

Já a quem busca diversão acima de reflexão, Jogador Nº 1 é boa oferta, ainda mais se possui repertório para dialogar melhor com aquele universo, enquanto O Homem Que Inventou o Natal não dispõe de muitos efeitos nem perseguições frenéticas, mas é como um purificador interno que nos traz ao choro, mesmo que saibamos disto por sua fórmula genérica. Fell Good Movie competente e com o clima natalino sempre bem-vindo.

E há também Paddington 2, o melhor filme que você verá em muito tempo. Apenas assista.

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E é isso. Espero que se interesse por algo e, caso assista, compartilhe sua opinião. Me adicione no Filmow e no Letterboxd para acompanhar tudo que confiro. Bons filmes!