Todas as Animações Clássicas Disney Ranqueadas e Um Resumo de Suas Eras (ATUALIZADO 2021)



21 de Dezembro de 1937. Esta é a data. Carthay Circle Theatre, em Los Angeles. Este é o local. Filas gigantes, aglomerações e até Charles Chaplin. Foi a noite da Premiere de Branca de Neve e os Sete Anões, que a despeito de não ter sido o primeiro longa de animação do mundo (cargo que cabe, curiosamente, ao argentino El Apóstolo!, de 1917, mas que infelizmente é considerado perdido, o que então confere à Branca de Neve o posto de mais antiga animação ainda disponível - ainda bem), foi, certamente, o mais popular e complexo, e responsável diretamente por mostrar como o gênero, até então fadado, majoritariamente, a breves curtas, poderia ser lucrativo e merecia ser levado a sério como arte. Foi com a história da princesa de origem alemã que as animações se tornaram uma forma de entretenimento de primeira linha e para toda família, iniciando a jornada que o levaria a se tornar um dos nichos mais amados do cinema.

Walt Disney, racista, machista, cheio de preconceitos, como disse Meryl Streep, e injustamente, podemos dizer, um gênio. Um mestre capitalista, mas também criativo. E é a esse senhor, aceitamos ou não, que devemos os tantos prazeres que tivemos assistindo as películas de seu estúdio, que hoje é o maior conglomerado de Hollywood, dono da Marvel, Pixar, LucasFilm, Fox e até a ESPN.


Você pode não curtir animações (e você é uma pessoa terrivelmente triste e doente por isto), mas adora o Homem de Ferro, Rey sem-sobrenome ou Divertida Mente? Disney. Um império que começou num grande risco que foi Branca de Neve à época, justamente pelo pioneirismo da empreitada, sem saber a demanda do público e a certeza de que realmente queriam passar mais de uma hora vendo desenhos - e sim, tantas décadas atrás, as animações já eram taxadas com infantis.

Mesmo que você não curta Disney, e seja fã do Ghibli, Dreamworks, Laika ou whatever, de certa forma, você deve diretamente a Disney, que mostrou ao mundo todo o alcance de desenhos. Que podem ser longos, transmitidos em cinemas e competir com produções de outros gêneros, ditos como adultos.

E eu, no caso, sou um grande fã de animações, meu estilo favorito de cinema, minha arte favorita e coisa predileta no geral. Sou também doentiamente fanático pela Disney. Eu desprezo a persona de Walt e várias características de filmes antigos do estúdio, ainda sob sua supervisão e que expunham sua visão sórdida de minorias, e mesmo assim, devo o que mais gosto no mundo a ele. Cruel, não?!

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Eu sou tão fã da Disney, na verdade, que nestes últimos dias da Quarentena (alô você do futuro), dias 13 e 14 de Abril de 2020, conferir a três longas - Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus, Música, Maestro! e Tempo de Melodia, nesta ordem -, que poderiam não significar nada demais, porém significam. Eles foram, respectivamente, os longas 56, 57 e 58 que conferi do selo Disney Clássicos, que são todos os lançados até então, no aguardo da estreia de Raya e o Último Dragão, adiado para 2021 pelo vírus.

Para comemorar o feito (risos), resolvi fazer este post, ranqueando os filmes. No entanto, com alguns critérios para não simplesmente listar um por um. Eu separei, primeiramente, as diferentes eras da Disney, então ranqueei as obras deste período, e posteriormente classiquei os filmes em níveis e montei meu top 10, ao menos neste momento, já que os preferidos tendem a ser mutáveis de acordo com minha fase da vida e, é claro, considerando lançamentos subsequentes. Capiche?

Sem mais delongas, já que será um artigo longo, vamos começar.

Atualizado em 28/11/2021 com a inclusão de Raya e o Último Dragão e Encanto. 

Era de Ouro (1937-1942)




Filmes Compreendidos: Branca de Neve e os Sete Anões (1937), Pinóquio (1940), Fantasia (1940), Dumbo (1941) e Bambi (1942).

O Messias, o Arceus, o Aslan, o Erú da animação mundial, onde Hollywood era terra de ninguém para mestres animadores. O que o público queria? Não havia referencial, e cada projeto era um tiro no escuro, ainda antes da própria Disney, como empresa, se tornar o branding mundial e que dispensa conhecimento prévio sobre a história. Basta ser Disney. Mas não lá, onde o cinema ainda era embrião, e a animação, como supracitado, relegada ao segundo, terceiro panteão do entretenimento; para crianças, descartáveis. Foi Walt, com seu time e mente brilhantes, que trouxeram alma, magia e esplendor ao gênero, mostrando a todos que ali haveria coisas jamais alcançáveis por carne e osso. Comédia, drama, suspense, romance, tudo em um só filme. Foi quando as estruturas que se tornaram marca do estúdio começaram a se configurar. Mas nem tudo foi fácil, e muito menos garantido.

Após o êxito estrondoso de Branca de Neve, que ganhou um Oscar especial à época, ainda décadas antes da criação do Oscar de melhor longa animado (2002, dado a ninguém menos que Shrek), Disney continuou apostando em adaptações de contos europeus, e Pinóquio chegou. Hoje, sabemos que é um dos títulos e personagens mais amados e conhecidos do estúdio, além de ter conferido a música não oficial da marca (When You Wish Upon a Star). À época, entretanto, Pinóquio penou nas bilheterias. Com a intensificação da Segunda Guerra Mundial, os mercados europeus, que davam muito lucro aos estúdios americanos, ficaram inviáveis, e a receita nacional não foi suficiente para render próximo de Branca de Neve. Entretanto, deixou sua marca já nas premiações, levando estatuetas da academia por canção original e trilha sonora, e em posteriores relançamentos nos cinemas, já referendado como clássico, recebeu os créditos financeiros astronômicos que merecia.

O mesmo ocorreu com Dumbo e, em menor grau, Bambi, que em seu release original, tiveram sucesso razoável. O grande strike, entretanto, foi Fantasia, a faca de dois gumes de Walt, que deu um passo maior que a perna, poderiam dizer. Mas a aposta, entretanto, é a marca da genialidade e ousadia do homem, no projeto que provavelmente mais se empolgou. Walt esperava relançamentos anuais, com novos segmentos animando outras canções clássicas, e até desenvolveu um sistema de som requintado para conferir a experiência ideal (o Fantasound, precursor do surround, que redirecionava o som em locais específicos, tornando as sessões em verdadeiras orquestras).


Tal foi o avanço técnico e narrativo da obra, que Fantasia também levou Oscar especial por seus serviços ao cinema, mas financeiramente, decepcionou, o que entristeceu Walt e contribuiu para conter suas ambições e se resignar em adaptar histórias europeias e animar bichos fofinhos. Aceitar o gosto popular. Fantasia, também, é um dos maiores exemplares de que animações não são, de forma alguma, somente infantis. E esse é um dos motivos de seu fracasso comercial, já que, fora o segmento do Mickey feiticeiro, não possui apelo aos pequenos, inclusive contendo elementos para assustar, afugentá-los, como o último, que mostra um demônio invocando almas e torturando corpos femininos nus em chamas. Sacou?

Fantasia deve ser apreciado com mais maturidade. Sua poesia e destreza técnica é ímpar e inigualável até hoje, muito à frente de seu tempo. Eu o assisti três vezes diferentes; ainda muito novo, com 18 e então, com mais de 20 anos, e a cada vez, se torna mais fascinante e rico. Recomendo o mesmo.

Minha experiência com os filmes Disney, entretanto, possui uma ligação nostálgica muito forte, o que beneficia os longas que conferi na infância. Mesmo ainda amando o estúdio, são aqueles que constituem melhores lembranças em tenra idade que me esquentam e me fazem sorrir mais.

Até por isto, se eu fizesse um ranking dos meus favoritos desta época, seria assim:

Bambi > Fantasia > Branca de Neve > Pinóquio > Dumbo.

Bambi foi de meus mais queridos, possui uma trilha sonora linda e melancólica, além da poderosa cena sugestiva da morte da mãe de Bambi e então o traumático momento do cadáver imóvel. Está atrás de outros que irei comentar mais pela frente, e por isto a ponta aqui. Fantasia é por seu esmero, que infelizmente só pude apreciar devidamente alguns anos atrás. Branca de Neve eu tenho o VHS e conferi muito, além de ser um marco, mas a história possui alguns elementos datados - machismo cof cof - que prejudicam sua experiência moderna, infelizmente algo recorrente nas primeiras décadas dos filmes da Disney. Pinóquio é uma obra-prima, mas eu tinha medo quando novo e não possuo grande ligação com ele, enquanto Dumbo considero, a despeito de suas virtudes e mensagens, menos cativante. Entretanto, isto diz muito mais do nível altíssimo da época e sua atemporalidade geral.

Era da Guerra (1943-1949)



Filmes Compreendidos: Alô Amigos (1943), Você Já Foi á Bahia (1945), Música, Maestro (1946), Como é Bom se Divertir (1947), Tempo de Melodia (1948) e As Aventuras de Ichabod e o Sr. Sapo (1949). 

Disparadamente os anos mais fracos e esquecidos da Disney. Como eu falei anteriormente, com a Segunda Guerra Mundial, os estúdios americanos perderam o mercado europeu. Com a entrada dos EUA no mercado, nenhum estúdio tão fortemente afetado quanto a Disney. O estabelecimento onde ficavam os profissionais foi metade ocupado pelo exército americano, e quase todos seus recursos foram, a pedidos do governo, dedicados aos esforços de guerra, para educar os militares e a população, com políticas de incendiar a nação contra o Eixo. Nisto, dezenas de horas de animação, e infindáveis rolos de filme, foram usados belicamente.

Sem equipe e com baixas receitas, para não se afundar ainda mais, Walt investiu em famigerados filmes pacote, com vários segmentos simples e sem conexões diretas, técnicas experimentais, mas pouco complexas. Se destacam, obviamente, os dois projetos oriundos da Política da Boa Vizinhança, quando Disney e sua equipe visitaram a America Latina para pesquisar, criar contatos e então produzir conteúdo para seduzir e representar os nativos das regiões e criar uma conexão de subserviência americana, que futuramente levou a ditaduras por todo o continente. Mas isto é outra história.

Em suma, ganhamos o Zé Carioca, a visão americana do brasileiro. Malandrão, preguiçoso, fã de Samba. O estereótipo do carioca. Porém, entre todos os curtas de todos os pacotes, é uma esquete com Zé o maior feito, passado justamente no  Brasil. Falo daquele que encerra Você Já Foi À Bahia, em que os três caballeros são hipnotizados por Aurora Miranda, irmã de Carmen Miranda, e dançam ao embalo de uma música gostosa, cheia de malemolência, e uma animação inventiva e, sem termos coloquiais, bem maluca. Até por isto, é meu favorito da época.

Você Já Foi à Bahia? (1944) - Miguel Serpa - Medium

Quanto aos outros, diria que se juntarem todos os segmentos bons de todos os filmes, poderia render um, no máximo dois, pelo tempo breve de duração dos longas (inferiores a 80 minutos). Em Tempo de Melodia, destaco Johnny Semente-de-Maçã, sobre um simples plantador de macieiras, como um projetor do colonialismo americano. E isto também é um problema. A animação é bela e há vários animais carismáticos em tela, mas a mensagem é, basicamente, a favor do desmatamento. E isto é recorrente. Há um curta que atenua brigas entre casais, imagens racistas, caça aos bichos, enfim...

Se for procurar por partes isoladas, também recomendo Canção do Lago Azul, que se encaixaria bem em Fantasia, tamanha sua beleza e umbrosidade; e Willie: a Baleia Cantora, talvez a mais conhecida, sobre uma baleia cantora, obviamente, de Música, Maestro!

Como é Bom Se Divertir, ao menos, são somente dois curtas, o que atenua a ausência de narrativas maiores em todos os outros filmes, o que deve ter sido quase insuportável de se enfrentar na época. E o problema não é somente este, mas a irregularidade das esquetes, por vezes belas, sensíveis e criativas, e em outras, racistas e bobas. Enfim, um é uma revisita a João e o Pé de Feijão, protagonizado pelos símbolos Disney, Mickey, Donald e Pateta, e o outro o conto de Bongo, um ursinho circense que foge da crueldade e tenta a vida na selva. A apresentação é feita pelo grilo falante, de Pinóquio, e um rosto conhecido e simpático é sempre bacana. Vale, também, considerar que as dublagens desta época são excepcionais, do narrador aos personagens, em tempos que celebridades como Luciano Huck não eram preferidas ao invés de profissionais da área.

O ranking seria:

Você Já foi à Bahia > Alô Amigos > Como é Bom se Divertir > Música, Maestro! > As Aventuras de Ichabod e o Sr. Sapo > Tempo de Melodia. 

Era de Prata (1950-1967) 



Filmes Compreendidos: Cinderela (1950), Alice no País das Maravilhas (1951), Peter Pan (1953), A Dama e o Vagabundo (1955), A Bela Adormecida (1959), 101 Dálmatas (1961), A Espada Era a Lei (1963) e Mogli: O Menino Lobo (1967). 

Uma era numerosa e fértil em qualidade e criatividade. Tirando A Espada Era a Lei, todos os filmes citados aí são, pelo que observo, bem famosos, e não à toa, renderam ou renderão live-actions pela própria Disney - a história do Rei Arthur, obviamente, também ganhou inúmeras adaptações, mas não pela Disney.

É até difícil medir os melhores. Os mais históricos, importantes, entretanto, são fatos, independente do que você goste.

Cinderela foi onde o orçamento de magros lucros foram despejados, após os dolorosos anos de filmes-pacote, esquecíveis e sem narrativas marcantes. Mesmo que hoje esteja datada em uma era em que mulheres ficavam em casa e seu objetivo, sua felicidade era, majoritariamente, representada por ser uma dona de casa, buscar um príncipe e cuidar dos filhos. Como disse, Walt era um notório machista, infelizmente seguindo o modus operandi do respectivo tempo. Mas seu sucesso permitiu que Disney seguisse experimentando mesmo nos subsequentes resultados decepcionantes e módicos de Alice e A Dama e o Vagabundo, outros que, entretanto, renderam centenas de milhões no futuro, e Alice inclusive inspirou o live-action bilionário de Tim Burton.

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Eyvind Earle é o mais notório nome da época. O animador trabalhou em A Dama e o Vagabundo e nos lindos backgrounds de Peter Pan, mas é em Bela Adormecida que podemos ver seu gênio. Pode-se não ser fã da história do filme, mas ele possui virtudes únicas e magníficas, até hoje. A protagonista dorme o filme todo para no final novamente ser salva pelo príncipe, o que fez com que os roteiristas tivessem de bolar uma maneira inovadora de fazer um filme de uma hora e vinte minutos. Nisto, as fadas e Malévola se tornaram ícones mais populares que Aurora, cujo nome é o menos reconhecido do selo Princesas, e não à toa, é a vilã, das mais icônicas do estúdio, talvez a mais, entre humanos, a figura que encabeçou os live-actions modernos da Disney.

Porém, seu principal mérito está nos gráficos, designs de Eyvind, absurdamente detalhados, no trabalho mais ousado do estúdio até então, filmado em 70mm, contra os 35 habituais, o que exigiu muito mais esforço dos animadores para preencher o maior espaço em tela. E, do começo ao fim, o que vemos são desenhos feitos e pintados a mão, e cada folha, cada tijolo, cada grama é diferente um do outro. Com artes anguladas, ao contrário das mais "redondas" típicas, a animação foi dificultada, e a arquitetura gótica e sombria rechearam os fundos de beleza. Vale a pena, literalmente, assistir ao filme em blu-ray somente para observar os desenhos e valorizar o trabalho que, infelizmente, foi desprezado à época, dando um prejuízo tão grande que Walt resolveu, basicamente, precarizar as técnicas usadas em seus filmes e aposentar as princesas por décadas. A xerografia, o famoso xerox, foi aderida, ao contrário dos desenhos e pinturas individuais, resultando em maior pobreza da animação como um todo. Empregado primeiramente em 101 Dálmatas, entretanto, foi esta a alternativa que salvou o setor animado da Disney, cujo fechamento fora questionado. Com a diminuição dos custos e tempo de produção, e o acerto na história, com adoráveis cães, o sucesso do longa rendeu uma saúde financeira duradoura - ampliada pelo hit de Mogli, lançado já meses após a morte de Walt em 1966.

Assim, antes de seguir, meus favoritos em ordem:

Mogli > A Dama e o Vagabundo > 101 Dálmatas > Peter Pan > A Bela Adormecida > Cinderela > A Espada Era a Lei.

Era de Bronze ou Idade das Trevas (1970-1988)



Filmes Compreendidos: Aristogatas (1970), Robin Hood (1973), As Aventuras do Ursinho Pooh (1977), Bernardo e Bianca (1977), O Cão e a Raposa (1981), O Caldeirão Mágico (1985), As Peripécias do Ratinho Detetive (1986), Oliver e Sua Turma (1988).

A era de Prata não se encerra somente pela morte de seu criador, e sim pelas trevas que se seguiram a isto. Walt fora o mandachuva onipresente desde 1923, e sem seu guia, o estúdio ficou perdido.

Os dois nomes diferenciam basicamente o tipo de pessoa que o nomeia, tipo aquela discorrência de bolacha x biscoito. Idade de Bronze é um nome mais simpático para valorizar as produções do estúdio na época, que apesar de bastante desequilibrados, renderam algumas grandes obras, dentre as quais, Aristogatas e O Cão e a Raposa são meus favoritos, além de personagens que ficaram no imaginário popular e permitiram uso intenso como produto marqueteável, como a gatinha Marie, estampa frequente de materiais escolares, e toda a turma de Pooh, que mesmo datados hoje, são nomes e rostos mundialmente celebrados.

Já Idade das Trevas, um título um tanto poético e dramatizado, se deve justamente pelas duas turbulentas décadas vividas pelo estúdio de animação, que teve seu fechamento cogitado, além de mudarem sua sede do tradicional prédio de Burbank. Aristogatas foi o último longa cujo roteiro fora aprovado por Disney em vida, e por isso vemos nele várias características mais clássicas da casa, o que garante uma qualidade de primeira linha, tanto nas divertidas canções, como "Todo Mundo Quer a Vida que um Gato Tem", os personagens carismáticos e o humor engenhoso.

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Porém, sem a presença hercúlea e segura de Walt, e posteriormente, para alavancar a catástrofe, de seu irmão que também executava papel de diretor do estúdio, Roy O. Disney, tudo virou um caos. O criador seguiu sendo uma sombra, e por mais de uma década, a Disney se acanhou e perdeu muito de seu glamour e brilhantismo, com profissionais inseguros e sem uma liderança positiva. Mesmo que se goste dos filmes lançados no período, a maioria está na rabeira técnica e criativa, com a xerografia sendo usada de modo muitas vezes desleixado, além de reciclagens de personagens, como o Urso de Robin Hood, uma readequação do design de Balu. Como resultado, as bilheterias naufragaram, até o rombo próximo do absoluto atingido por O Caldeirão Mágico, qual tenho carinho e o conferi muito em VHS, mas representou o ápice da desorganização dentro do estúdio, em âmbitos inventivo e gerencial. A consequência foi o maior flop financeiro da Disney e críticas destrutivas. A reputação estava a mínima possível.

Os ventos somente começaram a mudar com a chegada dos novos cabeças, em 1984, Michael Eisner, CEO até 2005, e Jeffrey Katzenberg, que posteriormente viria a ser um dos fundadores da Dreamworks. Jeffrey ficou o responsável pelo setor dos filmes da Disney, e apesar de não ter conseguido salvar o desastre do Caldeirão, comandou, junto a Eisner e Roy E. Disney (filho de Roy O. e sobrinho de Walt), a reviravolta da empresa, começando pela sua marca registrada, a alma do branding, o setor de animação.

Com a direção da Katzenberg, que a princípio investiu mais nos live-actions, caminho que Walt incentivou nos últimos anos de sua vida, novos animadores e contadores de história chegaram, que causariam a revolução da década de 90; o sucesso já começou com As Peripécias do Ratinho Detetive, uma adaptação livre de Sherlock Holmes, sendo um inesperado e bem-vindo sucesso de bilheteria após tantos invernos monótonos. O propulsor para tais mudanças no time criativo, entretanto, começou com uma experiência traumática, que foi a saída de Don Bluth, um dos mais experientes animadores até então, juntamente a outros 10 profissionais, desfalcando a equipe Disney, para fundar sua própria companhia, o Sullivan Bluth Studios, que nos anos vindouros viria a produzir algumas películas que rivalizariam com a Disney, e em alguns casos, até o superariam, como Fievel, Em Busca do Vale Encantado e O Segredo de NIMH.

Mas como diz o ditado, há males que vêm para o bem. E com este choque, a Disney abriu espaço para animadores novatos, que realizariam as obras mais amadas do estúdio pela geração atual.

Meu ranking:

O Cão e a Raposa > Aristogatas > Robin Hood > O Ratinho Detetive > O Caldeirão Mágico > Ursinho Pooh > Oliver e Sua Turma > Bernardo e Bianca

A Renascença (1989-1999)


Filmes Compreendidos: A Pequena Sereia (1989), Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus (1990), A Bela e a Fera (1991), Aladdin (1992), O Rei Leão (1994), Pocahontas (1995), O Corcunda de Notre Dame (1996), Hércules (1997), Mulan (1998) e Tarzan (1999). 

O nome grandioso é auto-explicativo, ao se comparar o movimento cultural europeu dos séculos XIV-XVI, e não deixa de ser merecido, com suas ressalvas. Pois não foram realizadas inovações técnicas ou artísticas consideráveis nesta época, mas sim uma retomada e eficiência incomparáveis na criatividade, no modo de contar histórias e quais contos, exatamente, investir.

Existem vários fatores que levaram a este período histórico. A chegada de novos animadores, mas também a dita competitividade com Don Bluth, que fez a Disney correr atrás para não perder a preferência do público, saindo do comodismo após décadas reinando sozinha no gênero. Disputa boa para ambos os estúdios, fervendo em ideias, e ótima para o público. E também, com a emergência de um tal de Estúdio Ghibli, que futuramente teria todos seus filmes distribuídos no Ocidente pela própria Disney, que serviu de inspiração para basicamente todos os profissionais da geração, inclusive Glen Keane, um dos principais nomes da era, que esteve envolvido em A Pequena Sereia, A Bela e a Fera, Aladdin e Tarzan.

Alguns argumentam que Ratinho Detetive e Oliver deveriam ser incluídos no período, pois já simbolizaram uma reviravolta em comparação aos filmes anteriores, mas ainda ficam de fora pois, apesar do sucesso relativo, não se tornaram clássicos memoráveis, e sim "mantiveram a fila andando" e renovaram razoavelmente o interesse no que a Disney tinha a dizer.

Foram importantes sim, mas foi com A Pequena Sereia, adaptação do conto de Hans Christian Andersen, de onde a Disney também trouxe o megahit Frozen, que se tornava claro que os ventos haviam mudado, começando uma era dourada que ressignificou toda a relevância e papel da Disney na sociedade contemporânea, moldando, desde pequenos, as novas gerações, desta vez com narrativas modernas, envolventes e universais, inserindo mais representatividade com o passar dos anos, num padrão mantido até hoje, sem perder a coroa. Com exceção da Era de Ouro, é a principal e mais primordial fase do estúdio, responsável pelo que é hoje, garantindo respeito e destaque ao slogan Disney, tornando este nome a franquia, a despeito do que produzisse. Contos europeus voltaram a se tornar materiais de base primárias, substituindo tantos anos de animais fofos protagonistas, e assim, com confiança renovada, as bilheterias, popularidade e aclamação escalaram progressivamente, até chegar num ápice apoteótico com O Rei Leão, maior bilheteria de uma animação até a chegada do digital, e certamente o mais amado e moldador, seguindo aclamado e constante na mídia até hoje.

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Entre as gerações amadurecidas hoje, são certamente os filmes mais populares, por terem sido os presentes durante o crescimento de quem hoje possui a faixa-etária que se estabiliza no mercado de trabalho, e não em vão, são também as suas adaptações live-action as mais exitosas. Porém, não é somente o tempo certo, e sim uma infinidade de fatores destas que configuram, mesmo, eras douradas, destas em que tudo parece dar certo. Os personagens, as músicas, as histórias, jamais houve tanta constância em confluência de elementos positivos. Foi quando a Disney estabeleceu sua nova estrutura narrativa. Não à toa, também concorreram e abocanharam estatuetas concorrendo com produções live-action, tendo A Bela e a Fera conseguido uma indicação a melhor filme na época que somente cinco produções eram nomeadas, e Rei Leão calcando sua histórica trilha sonora ao levar os Oscars de canção original e banda sonora, concorrendo com ele mesmo, com músicas até hoje gravadas na mente de quase todo mundo. Tarzan, Pocahontas, Aladdin e A Pequena Sereia também saíram da maior noite do cinema americano com suas douradinhas, trazendo, mais do que nunca, notoriedade ao cinema do gênero, após décadas de ostracismo infantil.

Entretanto, todo império é volúvel e irregular, e já ao fim da década, mesmo que Mulan e Tarzan sejam belos filmes e tenham garantido sua posição de destaque no imaginário popular, principalmente a princesa chinesa, as bilheterias decresceram e uma nova revolução era visível com a criação da Pixar e seu estilo em 3D que tomou todas as atenções. Era hora de uma nova mudança.

Meu ranking:

O Rei Leão > Mulan > Tarzan > A Bela e a Fera > A Pequena Sereia > Aladdin > Hércules > O Corcunda de Notre Dame > Pocahontas > Bernado e Bianca 2. 

O Rei Leão é meu filme favorito de todos os tempos, presente em todas as fases de minha vida desde que me tenho por gente, assim como sua primeira continuação. Mulan e Tarzan também assisti muito e ainda, anualmente, sempre os confiro novamente, sem enjoar. Com o tempo, porém, é a história chinesa que cresceu em mim, assim como o romance de Bela, que demorei a conferir (pois menino bocozão que não curtia princesas), mas hoje amo. A Pequena Sereia e Aladdin também curto bastante, mas não possuo ligação sentimental, enquanto os outros acho esquecíveis, e Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus, a primeira continuação da Disney, é como aquele amigo que bota o nome no trabalho sem ajudar nada, pois claramente é uma exceção no meio de tantos hinos, um tropeço ocasional e apagado pelo tempo.

A Era da Experimentação (2000-2009)


Filmes Compreendidos: Fantasia 2000 (2000, dã), Dinossauro (2000), A Nova Onda do Imperador (2000), Atlantis: O Reino Perdido (2001), Lilo & Stitch (2002), Planeta do Tesouro (2002), Irmão Urso (2003), Nem Que a Vaca Tussa (2004), O Galinho Chicken Little (2005), Família do Futuro (2007), Bolt (2008). 

Com a ascensão da Pixar e o fim de seu Renascimento, a Disney entrou numa entressafra longa e penosa. Sem grandes lucros e perdendo terreno para outros estúdios que passaram a investir no gênero, as turbulências só não foram tão drásticas pois agora o setor cinematográfico não era mais o principal retentor dos lucros da empresa Disney, que obtinha retornos estáveis de uma frutífera entrada no setor televisivo e de seus parques. Artisticamente, a parceria com a Pixar foi necessária à casa de Luxo Jr. para se manter e distribuir suas caras obras, mas ao interligar seu nome nos aclamados filmes em 3D, foi a Disney quem se beneficiou ao se manter em alta sem tantos méritos próprios. E até a aquisição definitiva da Pixar em 2006, a Disney parecia sem muita ideia de qual caminho tomar, num vai-e-vem confuso entre animações tradicionais e computadorizadas.

Se a saída de Katzenberg, em 1995, após discordâncias com Michael Eisner, que o levou a fundar a Dreamworks, não afetou diretamente a Disney, no começo da nova década os sinais eram bem claros de que novas ideias precisavam ser introduzidas, que o reinado de Eisner havia passado. Após um término litigioso, comandado por Roy E. Disney, que descontente com os caminhos tomados pelo estúdio iniciou a campanha Save Disney, Bob Iger assumiu como CEO, posto do qual ele se aposentou ano passado e já retornou agora, temporariamente, durante a crise inesperada pelo Coronavírus.

Nos anos entre o final da década de 90 e começo do milênio, a Disney corrompeu muito de seus valores e investiu em sequências baratas para clássicos, diretamente a home-video, além de ameaçar fazer o mesmo com os filmes da Pixar, o que escureceu a parceria por algum tempo.

Porém, a maré só virou a partir de 2006, quando, com a aquisição da Pixar, John Lasseter, diretor dos dois primeiros Toy Story, assumiu o comando da Disney Animation Studios, que desde 1995, havia voltado a Burbank. Assim como fora com a renovada anterior, quando Eisner e Katzenberg assumiram, os primeiros anos ainda foram irregulares, até que a dinâmica e mentalidade de Lasseter fosse plenamente instaurada.

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Hoje, infelizmente, temos o conhecimento do ambiente infernal e opressor que John causou na Pixar e Disney em seu período no comando, sendo demitido por acusações de assédio sexual. À época, entretanto, Lasseter usufruía de grande respeito e adoração por promover uma nova retomada do bom cinema pela Disney.

Foram anos tão esquecíveis, que apesar do Oscar específico ao gênero ter sido criado na premiação de 2002, a Disney passou toda a década em branco, só levando a primeira dourada no longevo 2014, por Frozen. Logo a Disney, a referência maior, principal baluarte da animação mundial, quase metonímia ao gênero, sendo ultrapassada por estúdios mais inventivos e ousados, vendo a Pixar tomar a frente como a menina dos olhos do momento da criançada. Até mesmo a Dreamworks de Katzenberg conseguiu mais atenção com a franquia Shrek.

De todos os membros do clube da Era, somente Lilo & Stitch, Irmão Urso e Bolt conseguiram sequer indicações ao Oscar, e perderam merecidamente, mesmo que sejam o trio com mais coração e alma da linha, principalmente Lilo & Stitch, maior êxito comercial da década e único que parece ter conseguido sobreviver ao tempo e se estabelecer na cultura pop, rendendo continuações, uma série e a milionária marca publicitária de Stitch.

Pessoalmente, entretanto, considero, disparada, a pior época da Disney em termos criativos. Talvez isso se valha por eu já estar maior nesta fase, e não possuir ligação emocional com a maioria deles, como foram com os da primeira era das trevas. Entretanto, Chicken Little, Família do Futuro e Nem Que a Vaca Tussa são experiências sofridas, datadas e com muitas poucas virtudes se vistas hoje, e não à toa, os dois primeiros naufragaram em competir com a Pixar no ramo da computação digital. É a menor porcentagem de acertos, e em que suas figuras menos aparecem em materiais de divulgação da Disney, que busca atiçar as memórias e paixões do público. Atestado do fracasso que representou.

Lasseter chegou em tempo de interferir em Bolt, mas foi só a partir do próximo ano, em uma obra, curiosamente, anacrônica e moderna simultaneamente, que uma nova fase brilhante começou.

Meu ranking:

Lilo & Stitch > Irmão Urso > Bolt > A Nova Onda do Imperador > Planeta do Tesouro, Atlantis > Dinossauro > Fantasia 2000 > Nem Que a Vaca Tussa > Chicken Little > Família do Futuro.

Os três últimos, aliás, provavelmente são meus três menos favoritos do selo clássicos. Família do Futuro certamente o mais fraco, a despeito de suas boas intenções.

Era do Revive/Revival (2009-Presente) 


Filmes Compreendidos: A Princesa e o Sapo (2009), Enrolados (2010), O Ursinho Pooh (2011), Detona Ralph (2012), Frozen (2013), Operação Big Hero (2014), Zootopia (2016), Moana (2016), WiFi Ralph (2018), Frozen 2 (2019), Raya e o Último Dragão (2021) e Encanto (2021).

A qualidade de um filme pode ser medida por como ele consegue agradar diferentes públicos em diferentes épocas. Atemporalidade, sem se limitar a uma faixa-etária. Os melhores longas da Disney são assim, pois se são bonitinhos e divertidos na superfície, possuem contos universais, personagens cativantes e mensagens enriquecedoras que transcendem o preconceito de gênero. É isto que fez as adaptações live-action de Aladdin, A Bela e a Fera e Rei Leão ultrapassarem a bilheteria de $1 Bilhão na lembrança das animações. O público não se constringe a crianças ou somente adultos que cresceram com a obra. E sim porque, em todas as décadas desde seu surgimento, manteve-se atual e hipnotizante, seja em suas cores, músicas, personagens, mas principalmente, a história.

E se o primeiro decênio do milênio não contou com tal exemplo, a nova era, apesar de começar claudicante (porém ousada e inovadora, com a primeira princesa negra do estúdio), estabeleceu alguns dos títulos mais populares e inventivos de toda a casa do Mickey.


Se A Princesa e o Sapo representou um sucesso mais simbólico do que monetário, Moana e Zootopia uniram os dois extremos, rejeitando a própria alcunha e se tornando signos desta geração, engajada com os avanços sociais e com o estúdio disposto a dar vozes às minorias, reformulando sua própria estrutura, onde irmãs são o amor verdadeiro e o destino de uma mulher é resgatar, não ser salva, e passa longe de encontrar um príncipe encantado.

O estandarte master desta geração, entretanto, cabe, indubitavelmente, às irmãs Elsa e Anna, protagonistas fortes e independentes que modificaram os arquétipos esperados de princesas e da própria Disney, aliando tudo que forma um clássico instantâneo; coadjuvantes simpáticos, principais que espelham o melhor de nós, mas que refutam a perfeição e reforçam o poder individual de traçar o próprio destino, acima da imposição, e é claro, músicas viciantes, talvez a mais famosa do estúdio todo juntamente a Hakuna Matata - falo, naturalmente, de Let It Go. Mesmo que sejam princesas, o sucesso foi tão estrondoso que é mais lucrativo à Disney utilizá-las isoladamente dentro da marca Frozen. E merece tudo isto.

Seja com filmes de princesa, heróis ou animais, a Disney está em seu período mais rentável e livre. Entretanto, este nível só foi alcançado pelo auxílio do repertório clássico do estúdio, principalmente a guinada histórica da Renascença, e ambas só estão aqui porque há mais de 80 anos, um visionário arriscou tudo para produzir seu sonho, nos brincando com o embrião do estúdio mais mágico e amado de todos.

Meu ranking seria:

Frozen > Enrolados > Moana > Encanto > Zootopia > Frozen 2 > Raya > Detona Ralph > A Princesa e o Sapo > Big Hero 6 > Ursinho Pooh > WiFi Ralph. 

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Ranqueando tudo.

Bem, eu avisei na introdução como seria o esquema. Mas vale relembrar. Agora, classificarei todos os 58 filmes em níveis, do pior ao melhor, e finalizarei ranqueando meu top 10.

Você pode conferir minha lista no Letterboxd com todos os filmes do melhor ao pior clicando aqui.

Nível 1: O Esquecimento


Os piores do estúdio. Não queria dizer ruins, mas a maioria, pelo menos, é. Não simbolizaram nenhuma reforma técnica ou criativa, e não são favoritos de quase ninguém.

Família do Futuro
Nem Que a Vaca Tussa
Chicken Little
Ichabod e o Senhor Sapo
Tempo de Melodia
Como é Bom Se Divertir
Música, Maestro!

Nível 2: O Limbo


Filmes entre o fraco e o razoável, com alguns bons valores, provavelmente, mas num vácuo temporal, simplesmente frutos de um período olvidável. 

Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus
Bernardo e Bianca
Oliver e Sua Turma
Winnie the Pooh
As Muitas Aventuras do Ursinho Pooh

Nível 3: O Purgatório


Tendem a ser gostosos de se conferir, e a balança definitivamente pesou mais. Porém, tendem a ser obras apagadas em meio a contemporâneos melhores, ou infelizmente datados, remanescentes de épocas obscuras.

Você Já Foi à Bahia?
Pocahontas
O Corcunda de Notre Dame
A Espada Era a Lei
Alô Amigos
As Peripécias do Ratinho Detetive
Dinossauro
O Caldeirão Mágico

Nível 4: Banho-maria


São obras que eu definitivamente curto, já assisti mais de uma vez grande parte deles e até solto um sorriso. Porém, estão abaixo dos melhores, meio mornos.

WiFi Ralph
Detona Ralph
A Princesa e o Sapo
Peter Pan
Robin Hood
Cinderela
A Bela Adormecida
Atlantis
Planeta do Tesouro
Bolt: O Supercão
Hércules
Alice no País das Maravilhas
Fantasia 2000
A Nova Onda do Imperador
Irmão Urso
Dumbo
Raya e o Último Dragão

Nível 5: No Portão da Eternidade


Vários clássicos já entram aí. Como a lista é subjetiva, não se sinta ofendido. São películas que eu assisti algumas vezes, até tenho em casa todos eles, mas não fazem parte daquela maratona anual dos favoritos. Mas ficam bem próximos disto. 

101 Dálmatas
Aladdin
Pinóquio
A Dama e o Vagabundo
Branca de Neve e os Sete Anões
Bambi
Frozen II


Nível 6: O Bronze

Já estão entre meus favoritos, porém numa intensidade mais fraca deles. Ainda assim, possuo excelentes memórias e costumo conferi-los com certa frequência. A partir daqui, os colocarei em ordem numérica de preferência.

15º Zootopia


14º Encanto




13º Moana



12º Fantasia


11º A Pequena Sereia


10º Enrolados


Nível 7: A Prata

Amo todos, assisto frequentemente, e foi muito difícil decidir quais deixar de fora. Vez ou outra a ordem pode mudar, mas recomendo com todo meu ser.

09º Lilo & Stitch


08º A Bela e a Fera


07º Aristogatas


06º O Cão e a Raposa



Nível 6: O Ouro

O suprassumo do sagrado, os escolhidos, o pináculo do que há de melhor. Os que me fazem chorar sem falha. O primeiro é imutável e os outros podem revezar pelo momento. Mas todos, todos, foram, são e serão, tenho certeza, muito importantes para quem eu sou.

05º Mogli, o Menino Lobo


04º Tarzan



03º Frozen


02º Mulan


01º O Rei Leão


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E é isso, meus queridos. Deu um trabalhão o post, então peço o feedback de vocês. Comente o post e deixe sua lista abaixo. Espero que tenham curtido, e viva as animações!

7 comentários:

  1. Baita texto. Parabéns. Conferir todos os clássicos Disney não é pra qualquer um. Mesclar análises acompanhadas de toda uma cronologia histórica idem. Apesar de algumas colocações questionáveis nas classificações (olha só quem tá escrevendo rs), em geral ficou satisfatório. Quem sabe um dia eu tb veja todas as animações. Tem uns que confesso não ter interesse não, mas nada é impossível.

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  2. Preciso rever muita coisa (Bambi, Mogli, Corcunda, Sereia, Fantasia, etc), mas atualmente meu top 10 seria (improvisando aqui): O Rei Leão > Aladdin > Lilo & Stitch > O Cão e a Raposa > Mulan > Dinossauro > A Nova Onda do Imperador > Frozen > Enrolados > Família do Futuro.

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  3. Amei o texto!
    O fato de você ter separado por época, explicado o impacto de cada um foi ótimo, adoro textos assim.
    Não sou uma pessoa tão ligada a animações e não conheço muitas das que estão aí. Nunca imaginei que Marie tivesse um filme, pra mim ela era apenas personagem de caderno e mochila hahaha
    Não sou muito boa em fazer tops, e acho que sou a única pessoa que não gosta de o rei leão, não vi o filme, mas até o momento também não tive vontade de ver.
    Acho que tenho um carinho por Lilo e Stich, enrolados por acha-los fofos, por vê-los muito na internet e tal, mas não são filmes que assisto até o final completamente hipnotizada.
    Gosto muito de Mulan e Zootopia, pois já assisti várias vezes e não enjôo, só não gosto de Mulan 2 (acho que você não comentou sobre). Tarzan vi recentemente e amei (as músicas em português são incríveis, fiquei viciada em um estranho como eu), o que é engraçado pq não gostava do desenho quando era criança.
    Gosto de Frozen, mas não sei se tenho paciência pra ver de novo (já vi duas vezes hahaha), ainda não vi o dois, também não vi Moana o que me impossibilita de opinar.
    Da pra perceber que não sou uma grande conhecedora de animações, mas as que gosto ocupam um grande espaço no meu coração.
    E estou quase gostando de a bela e a fera devido a tantas adaptações.
    Mas nunca gostei muito das princesas, ariel, cinderela, branca de neve, Rapunzel, enfim... Nunca gostei muito.
    Encerrando, parabéns pelo texto! Ficou incrível! E ao contrário do que possa parecer não sou tão amarga assim tá ;)

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    1. Eita. Você veio parar aqui pelo twitter? Haha. Assista O Rei Leão que vale a pena. No máximo você segue não gostando, ou então ganha uma baita experiência. Tem muita animação bacana aí pra ser descoberta que eu queria esquecer pra ver de novo pela primeira vez. Não comentei Mulan 2 pois só considerei o selo clássicos nessa lista. A maioria das sequências da Disney foi direto pro home vídeo, aí não conta.

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  4. Vou tentar ver o rei leão aí eu digo o que achei.
    Vi pelo twitter sim, é que não sou de comentar, mas te conheço desde o seu blog de kpop.
    Enfim... As vezes eu apareço.

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