Tudo que Eu Assisti em Fevereiro - O Melhor e o Pior


Após a ausência da lista de Janeiro, por pura preguiça, visto que conferi quase 60 longas, a filmografia do segundo mês do ano, fechando as férias, está com vocês. Foi um número inferior, por cansaço e também devido à Olimpíada de PyeongChang, qual ocupou basicamente todas minhas madrugadas e noites, justamente período que costumo consumir filmes.

Sem mais delongas, vamos ao que interessa.

1. Todd and the Book of Pure Evil: The End of the End (Richard Duhaney, Craig David Wallace, Canadá, 2017 - Animação, Comédia, Terror; ★★½ 
2. O Homem Que Não Estava Lá ( Joel Coen, Ethan Coen, UK, USA, 2001) - Thriller, Drama; ★★★★
3. Vamos Nessa (Doug Liman, USA, 1999) - Comédia, Crime; ★★★★
4. O Balconista 2 (Kevin Smith, USA, 2006) - Comédia; ★★½
5. Tudo Pelo Poder (George Clooney, USA, 2011) - Drama, Thriller; ★★★★½
6. O Doce Amanhã (Atom Egoyan, Canadá, 1997) - Drama; ★★★★
7. O Paradoxo Cloverfield (Julius Onah, USA, 2018) - Drama, Sci-fi, Terror; ★★½
8. Insônia (Christopher Nolan, Canadá, USA, 2002) - Drama, Thriller; ★★★½
9. Cova Rasa (Danny Boyle, UK, 1994) - Thriller; ★★★½
10. Following (Christopher Nolan, UK, 1998) - Crime, Thriller; ★★★½
11. Trama Fantasma (Paul Thomas Anderson, UK, USA, 2017) - Drama, Romance; ★★★★½ - Crítica
12. Arizona Nunca Mais (Joel Coen, Ethan Coen, USA, 1987) - Comédia, Crime; ★★★
13. Gosto de Sangue (Joel Coen, Ethan Coen, USA, 1984) - Crime; Drama, Thriller; ★★★½
14. Os Caça-Fantasmas (Ivan Reitman, USA, 1984) - Ação, Comédia, Fantasia; ★★★½
15. O Casamento de Rachel (Jonathan Demme, USA, 2008) - Drama; ★★★½
16. Com Amor, Vincent (Dorota Kobiela, Hugh Welchman, Polônia, UK, USA, 2017) - Animação, Drama; ★★★½
17. Pantera Negra (Ryan Coogler, USA, 2018) - Ação, Herói; ★★★½ - Crítica
18. Fruitvale Station (Ryan Coogler, USA, 2013) - Biografia, Drama; ★★★½
19. Fullmetal Alchemist (Fumihiko Sori, Japão, 2017) - Ação, Aventura, Fantasia; ★★ - Crítica
20. A Morte de Stalin (Armando Iannucci, Bélgica, França, UK, 2017) - Comédia; ★★★½
21. My Annoying Brother (Soo-Kyung Kwon, Coreia do Sul, 2016) - Comédia, Drama, Esporte; ★★★½
22. Sabor da Vida (Naomi Kawase, Japão, 2015) - Drama; ★★★★½
23. Vale Tudo (George Roy Hill, USA, 1977) - Comédia, Esporte; ★★★
24. Waterboys (Shinobu Yaguchi, Japão, 2001) - Comédia, Esporte; ★★★★
25. Ice Guardians (Brett Harvey, Canadá, Irlanda,USA, 2016) - Documentário, Esporte; ★★★★
26. O Touro Ferdinando (Carlos Saldanha, USA, 2017) - Animação, Aventura; ★★★

Revistos:

1. Operação Big Hero (Don Hall, Chris Williams, USA, 2014) - Animação, Ação, Aventura; ★★★½
2. Mulan (Tony Bancroft, Barry Cook, USA, 1998) - Animação, Ação, Aventura; ★★★★★
3. Aladdin (Ron Clements, John Musker, USA, 1992) - Animação, Aventura, Comédia; ★★★½

O Pior:

Vários filmes regulares (pra baixo, como expressa a nota 2,5), mas ruim, ofensivamente mesmo, apenas a adaptação de Fullmetal Alchemist, que segue a regra de adaptações de animes e mangás - isto é, um desserviço ao material original.

O Melhor:

Com 29 longas assistidos, o número de obras excelentes (4 acima) foi bem animador: 9. Talvez eu esteja mole, mas fiquei bem satisfeito com várias experiências inéditas, além de novamente me deleitar na pérola que é Mulan, cujo live-action acaba de ser adiado a 2020. À frente de seu tempo, disruptivo e inovador sem perder a magia Disney. Dificilmente passo mais de 12 meses sem conferi-lo, tradição compartilhada com Rei Leão e O Livro da Selva. E sempre, sempre choro. Cada lágrima é merecida.

Já entre os recém acrescentados ao catálogo, caráteres distintos ganham o privilégio de um lugar perene à memória.

Naomi Kawase, minha diretora favorita, é garantia de qualidade. Mesmo assim, Sabor da Vida me pegou desprevenido em sua doçura honesta e por vezes fria. Um conto de generosidade, mas também um retrato da visão preconceituosa, ignorante e injusta que a sociedade demonstra com certas debilidades, relegando-o os enfermos à marginalização.

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Igualmente maravilhoso é O Doce Amanhã, indicado a 2 Oscars em 1998, uma reflexão cruel sobre a vida e a morte. Neste limiar entre o lado bom e perverso do ser-humano, trabalham Paul Thomas Anderson e George Clooney, em seus Trama Fantasma e Tudo Pelo Poder, respectivamente. O primeiro, o maior diretor americano do século, mantém um esmero incólume na carreira, entregando mais um conjunto diabolicamente calculado para arrebatar qualquer amante da sétima arte disposto a abraçar seus conceitos complexos e minuciosos, que podem infelizmente incomodar desavisados atraídos pelas nomeações ao midiático Oscar. Clooney, menos experiente e mais sucinto, não fica pra trás, entretanto, em seu jogo político de gato e rato, expositivamente traduzido na versão brasileira, tirando o fôlego com inteligência nas pérfidas inescrupulosidades daqueles que buscam elevar seu status. Um exímio exemplar Rousseauniano. 



Talvez menos caprichado é Waterboys, que, no entanto, me encantou como nenhum outro, sendo um que sempre recordarei com carinho. Ingênua e nostálgica observação do coleguismo e estripulias de estudantes japoneses no início da década, nos últimos momentos antes de adentrarem o mundo adulto, ainda alheios a crises financeiras, pressões profissionais e boletos vencendo.

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E é isso. Espero que se interesse por algo e, caso assista, compartilhe sua opinião. Me adicione no Filmow e no Letterboxd para acompanhar tudo que confiro. Bons filmes!

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