Tudo que eu assisti em Outubro - O Melhor e o Pior


Este quadro visa listar e conceder uma nota a cada filme assistido por mim durante o respectivo mês. Ao final, as obras mais marcantes - para o bem e para o mal - receberão comentários acerca de sua qualidade. Contam-se apenas longas, não curtas, animes e séries. A cotação vai de 0 - 10.

1. O Último Unicórnio (Arthur Rankin Jr., Jules Bass, USA, 1982) - Animação, Fantasia; ★★★★★★
2. Tokyo Idols (Kyoko Miyake, Canadá, UK, Japão, 2017) - Documentário; ★★★★★★★★
3. Railroad Man (Yasuo Furuhata, Japão, 1999) - Drama; ★★★★★★★★
4. Forever The Moment (Soonrye Yim, Coreia do Sul, 2008) - Drama, Esporte; ★★★★★★★★
5. Blade Runner 2049 (Denis Villeneuve, USA, 2017) - Sci-fi; ★★★★★★★★★ - Crítica
6. Kuroko no Basket: Last Game (Fujimaki, Tadatoshi, Japão, 2017) - Esporte; ★★★★★★★
7. Spielberg (Susan Lacy, USA, 2017) - Documentário; ★★★★★★★★
8. Terra Selvagem (Taylor Sheridan, USA, 2017) - Drama; ★★★★★★★★
9. Peanuts: O Filme (Steve Martino, USA, 2016) - Animação; ★★★★★★
10. A Babá (McG, USA, 2017) - Trash; ★★★★★★★
11. Maria Antonieta (Sofia Coppola, USA, França, Japão, 2006) - Drama; ★★★★★★★★
12. Tudo Sobre Lily Chou Chou (Shunji Iwai, Japão, 2001) - Drama; ★★★★★★★★★★
13. Os Meyerowitz (Noah Baumbach, USA, 2017) - Drama; ★★★★★★★
14. Certo Agora, Errado Antes (Hong Sang-soo, Coreia do Sul, 2015) - Drama; ★★★★★★★★
15. Mapa dos Sons de Tokyo (Isabel Coixet, Espanha, 2009) - Drama, Thriller; ★★★★★★★★
16. Mudando o Destino (Ragnar Bragason, Islândia, 2013) - Drama; ★★★★★★★
17. Linha Mortal (Joel Schumacher, USA, 1991) - Suspense; ★★★★★★★
18. Selva (Greg McLean, Austrália, Colômbia, 2017) - Drama, Aventura; ★★★★★★★
19. Space Squad: Gavan vs. Dekaranger (Koichi Sakamoto, Japão, 2017) - Ação, Tokusatsu; ★★★★★★★
20. Ingrid Goes West (Matt Spicer, USA, 2017) - Comédia, Drama; ★★★★★★★
21. Mary Poppins (Robert Stevenson, USA, 1964) - Musical; ★★★★★★★
22. Atômica (David Leitch, USA, ALE, Suécia, 2017) - Ação, Thriller; ★★★★★★★★
23. A História Sem Fim (Wolfgang Petersen, USA, 1984) - Aventura, Fantasia; ★★★★★★
24. A Vilã (Byeong-gil Jeong, Coreia do Sul, 2017) - Ação, Drama, Thriller; ★★★★★★★
25. Na Praia à Noite Sozinha (Hong Sang-soo, Coreia do Sul, 2017) - Drama; ★★★★★★★★★ - Crítica
26. Feito na América (Doug Liman, USA, 2017) - Ação, Biográfico, Comédia; ★★★★★★★★
27. Thor: Ragnarok (Taika Waititi, USA, 2017) - Ação, Aventura, Comédia; ★★★★★★ - Crítica

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O Melhor e o Pior 

Recomendo qualquer filme com nota igual ou superior à 7. Como foi um excelente mês, isso exclui apenas 2 obras: o desengonçado Thor e o datado A História Sem Fim. Deste modo, é até complicado filtrar o que recomendo com ênfase, mas se faz necessário.

Na linha da ação, duas películas noturnos e frenéticos se destacam; o americano Atômica e o Sul-coreano A Vilã. O primeiro apresenta tudo que o John Wick original trazia e o que faltou à continuação, e ressalta como Leitch era o principal diretor do projeto - não que Stahelski seja ruim, mas lhe faltam cacoetes para filmar o gênero. Já A Vilã, apesar da nota aquém, é um experimento cinematográfico com passagens brilhantes, sabotadas de leve pela pretensão de sua extensa duração. Intercala seus momentos catárticos (golpes, tiros e tudo mais que você imaginar) com cenas em primeira pessoa, à lá games e Hardcore Henry, com câmera na mão e uma direção sólida e verossímil, sem a esquizofrenia confusa típica de Hollywood. Como uma novela regada ao ácido, ainda se dá tempo ao romance e ao drama familiar. Um dorama compilado com melhor orçamento e sem censura.



Blade Runner 2049 desponta como um clássico moderno, tanto por sua profundidade e composição narrativa-estética, quanto pelo fracasso nas bilheterias, imitando a trajetória de seu precursor. Enquanto isso, o nipônico Tudo Sobre Lily Chou Chou se faz como obra obrigatória para qualquer cinéfilo que busca algo além da diversão ao sentar-se para degustar cinema. Uma análise psicológica e melancólica sobre a juventude enclausurada e perturbada do país que encontra o refúgio nas músicas da personagem título, enquanto critica todo o falho sistema hierárquico que seria responsável pela transição de gerações. Isto é, os pais e professores. Uma das melhores coisas que já assisti.

Por fim, Hong Sang-soo merece nota dupla em sua dobradinha Certo Agora, Errado Antes, e Na Praia à Noite Sozinha, dois filmes que seguem a cartela do diretor, muito autobiográfico, com personagens ambíguos e soturnos, completamente humanos, então. Câmera parada, zooms dignos da Nouvelle Vague - nada discretos -, e muitos diálogos. É meu estilo favorito de cinema e recomendado especialmente aos fãs de Ozu e Koreeda. Apreciadores de Woody Allen podem arriscar, apesar da ausência do humor irônico e autodepreciativo do americano.

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E é isso. Para conferir tudo que assisto, me adicione no Filmow. Bons Filmes.

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